quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Papel

Nos devemos nos concientizar que e um recurso valioso para nossa vida e para que nos possamos resgistrar,escrever,desenhar,pintar temos que preservar ele,de qualquer maneira reciclando,ajudando programas do governo e colocando o lixo em recipientes adequados.













HISTÓRIA DO PAPEL NO MUNDO
Antes da criação do papel, o material mais utilizado para a escrita foi o pergaminho, feito com pele de animais.
Os antigos egípcios utilizavam o talo do papiro. A fabricação era penosa e rudimentar: a medula do talo era cortada em tiras que, por sua vez, eram colocadas transversalmente, umas sobre as outras, formando camadas, e, posteriormente, batidas com pesadas marretas de madeira, resultando numa espessura uniforme e produzindo um suco que colava as tiras entre si.
O PAPEL
Oficialmente, foi fabricado pela primeira vez na China, no ano de 105, por Ts'Ai Lun, que misturou em uma tina com água fragmentos de casca de amoreira, pedaços de bambu, rami, redes de pescar, roupas usadas e cal, para ajudar no desfibramento.
Na pasta formada, era submersa uma fôrma de madeira revestida por um fino tecido de seda, a forma manual, como seria conhecida. A fôrma coberta de pasta era retirada da tina e, com a água escorrendo, deixava sobre a tela uma fina folha, que era removida e estendida sobre uma mesa.
Essa operação era repetida, e as novas folhas eram colocadas sobre as anteriores, separadas por algum material. As folhas, então, eram prensadas para perder mais água, e, posteriormente, colocadas uma a uma em muros aquecidos para a secagem.
A idéia de Ts'Ai Lun, a desintegração de fibras vegetais por fracionamento, a formação da folha retirando a pasta da tina por meio de fôrma manual, procedendo-se ao deságüe e posterior aquecimento para secagem, continua válida até hoje.
SÉCULO VII A XII - A ENTRADA NA EUROPA
A ROTA
DO PAPEL:
No século VIII (ano 751), os chineses foram derrotados pelos árabes. Dentre os prisioneiros que caíram nas mãos dos árabes, estavam fabricantes de papel, que, levados à Samarkanda, a mais antiga cidade asiática, transmitiram seus conhecimentos aos árabes. A técnica de fabricar papel evoluiu em um curto
espaço de tempo, com o uso, por exemplo, de amido derivado da farinha de trigo, para a colagem das fibras do papel, e o uso de sobras de linho, cânhamo e outras fibras encontradas com facilidade, para a preparação da pasta.
A entrada na Europa foi feita pelas "caravanas" que transportavam a seda.
Melhoramentos surgidos no século X:
- uso de moinhos de martelos movidos a força hidráulica;
- emprego de cola animal para colagem;
- emprego de filigrana.
A França estabeleceu seu primeiro moinho de papel em 1338, na localidade de La Pielle. Assim, da Espanha e da Itália, a fabricação de papel se espalhou por toda a Europa.
Depois da invenção da imprensa, por Gutemberg, em 1440, os livros que antes eram escritos à mão e de difícil alcance, tornaram-se acessíveis ao grande público, exigindo quantidades maiores de papel.
Em meados do século XVII, os holandeses haviam conseguido na Europa o progresso mais importante na tecnologia da fabricação de papel. Diante da falta de força hidráulica na Holanda, os moinhos de papel passaram a ser acionados pela força dos ventos. Desde 1670, no lugar dos Moinhos de Martelos, passaram a ser utilizadas as Máquinas Refinadoras de Cilindros ("Holandesa").
Lentamente, a Holandesa foi se impondo, primeiramente, como complemento aos Moinhos de Martelo, que preparavam a semipasta para obtenção da pasta refinada, e, mais tarde, como Pila Holandesa Desfibradora, que foi utilizada na Alemanha em 1710/1720.
A FABRICAÇÃO
DO PAPEL - MÉTODO ANTIGO
A pasta de trapo foi o primeiro material usado para a fabricação do papel.
Os trapos eram classificados, depurados, e, depois, cortados à mão em pedaços - mais tarde vieram as máquinas cortadoras simples. Os trapos, exceto os de linho, eram submetidos a um processo de maceração ou de fermentação.
O processo durava de cinco a trinta dias utilizando-se recipientes de pedra, abrandando os trapos em água. Para os trapos finos de linho, era suficiente a submersão por várias horas em lixívia de potassa, empregando-se, em média, quatro quilos de potassa bruta para cada cem quilos de trapo. Para a obtenção de um bom papel era imprescindível a fermentação dos trapos.
OS MOINHOS DE MARTELO
Os trapos fermentados eram tratados para serem desfibrados.
Em virtude desse processo ser duro e penoso, a Holandesa começou a ser usada no início do século XVII, para decompor a fibra dos trapos. Esta "máquina refinadora" fazia em quatro ou cinco horas a mesma quantidade de pasta que um antigo moinho de martelo com cinco pedras faria em 24 horas.
No ano de 1774, o químico alemão Scheele descobriu o efeito branqueador do cloro, conseguindo com isso, não só aumentar a brancura dos papéis, mas, também, empregar como matéria-prima trapos mais grossos e coloridos.
OS SÉCULOS XVII E XIX:
Data de 1798, a invenção pela qual a fabricação de papel em máquina de folha contínua foi possível. Inventada pelo francês Nicolas Louis Robert que, por dificuldades financeiras e técnicas, não conseguiu desenvolvê-la, a máquina foi patenteada pelos irmãos Fourdrinier, que a obtiveram juntamente com a Maquinaria Hall, de Dartford (Inglaterra), e, posteriormente, com o engenheiro Bryan Donkin.
Assim, a Máquina de Papel Fourdrinier (Máquinas de Tela Plana) foi a primeira máquina de folha contínua que se tem notícia.
Depois da Máquina Fourdrinier, foram lançados no mercado outros dois tipos de máquinas: a cilíndrica e a de partida automática.
EVOLUÇÕES MARCANTES:
Em 1806, Moritz Illig substituiu a cola animal pela resina e pelo alúmem.
Quando a fabricação de papel ganhou corpo, o uso de matéria-prima começou a ser um sério problema: os trapos velhos passaram a ser a solução, mas com a pequena quantidade de roupa usada e com o crescente aumento do consumo de papel, os soberanos proibiram as exportações.
Assim, os papeleiros tiveram que dedicar suas atenções aos estudos do naturalista Jakob C. Schaeffer, que pretendia fazer papel usando os mais variados materiais, tais como: musgo, urtigas, pinho, tábuas de ripa, etc. Em seis volumes, Schaeffer editou "Ensaios e Demonstrações para se fazer papel sem trapos ou uma pequena adição dos mesmos". Infelizmente, os papeleiros da época rechaçaram os Ensaios, invés de propagá-los.
Na busca para substituir os trapos, Mathias Koops edita um livro em 1800,
impresso em papel de palha.
Em 1884, Friedrich G. Keller fabrica pasta de fibras, utilizando madeira pelo processo de desfibramento, mas ainda junta trapos à mistura.
Mais tarde, percebeu que a pasta assim obtida era formada por fibras de celulose impregnadas por outras substâncias da madeira (lignina).
Procurando separar as fibras da celulose da lignina, foram sendo descobertos vários processos:
- Processo de pasta mecânica;
- Processo com soda;
- Processo sulfito;
- Processo sulfato (Kraft).
A introdução das novas semipastas deram um importante passo na direção da eclosão de novos processos tecnológicos para à fabricação de papel. Máquinas correndo a velocidade de 1.200 m/min, uso da fibra curta (eucalípto) para obtenção de celulose, nova máquina Vertform, que substituiu com vantagens a tela plana, são alguns dos fatos importantes.
A FABRICAÇÃO DO PAPEL - MÉTODO ATUAL
A fabricação do papel, tal como foi feita inicialmente por Ts'Ai Lun, consiste essencialmente em quatro etapas principais a partir da matéria-prima, que pode ser celulose, pasta mecânica ou reaproveitamento de papéis usados. As quatro etapas são:
- Preparação da Massa;
- Formação da folha;
- Prensagem;
- Secagem.
De acordo com a finalidade do papel, há uma série de tratamentos especiais, antes, durante ou depois de sua fabricação.
Assim, se o papel se destina à escrita, deve ser um pouco absorvente, para que se possa escrever nele com tinta, ou um pouco áspero, para o uso de lápis, mas , não pode ser tão absorvente como um mata-borrão.
Se o papel deve ser resistente a certos esforços, a celulose deverá sofrer um tratamento de moagem chamado "Refinação".
A primeira etapa da fabricação de papel possui as seguintes subdivisões:
- Desfibramento (soltar) as fibras numa solução de água;
- Depuração destinada a manter a pasta livre de impurezas;
- Refinação que dará as qualidades exigidas ao papel, por meio da moagem das fibras.
Na preparação da massa, outras operações são levadas em conta:
- Matização: colocação de corantes para se obter a cor desejada;
- Colagem: adição de colas reativas para colagem interna;
- Aditivos: colocação de outros ingredientes para melhorar a qualidade do papel.
A segunda etapa da fabricação do papel é a formação da folha, feita por meio da suspensão das fibras de celulose em água, e, depois, colocada sobre uma tela. A água escoa através da tela, e as fibras são retiradas, formando uma espécie de tecido com os fios muito pequenos e trançados entre si.
A formação da folha poderá ser feita de várias formas:
- Manual: a tela é simplesmente uma peneira;
- Mesas Planas: a tela é apoiada sobre roletes e estendida, para formar uma área plana horizontal. Essa tela corre com velocidade constante e, na parte inicial do setor plano, as fibras são suspensas. A água escoa através da tela, deixando as fibras;
- Cilíndrica: a tela metálica recobre um cilindro, que gira, à velocidade constante, em uma suspensão de fibras; a água atravessa a tela dentro do tambor e, então, é retirada. As fibras aderem à tela, formando uma folha, que é retirada do tambor por um feltro.
A terceira etapa é a prensagem, na qual a folha é submetida a pressões hidráulicas dos rolos prensas acaba removendo mais uma quantidade de água tornando-se assim mais resistente.
A última etapa é a passagem por cilindros secadores, nos quais a folha é submetida à superfície aquecida dos cilindros e, com isso, a água é evaporada. A folha atinge valores de umidades da ordem de 5%.
Feitas essas operações e o corte no tamanho desejado, o papel está pronto para uso.
BIBLIOGRAFIA
Livros:
El Papel - Karl Keim
Handbook of Pulp and Paper Technology - Kenneth W. Britt
Pulp and Paper Manufacture - vol. III - Mac Graw-Hill Book Company
L'Industria della Carta - vol. II
Investigation y Tecnica del papel - nº 32
Encontrado em
Revisado e corrigido por Luiz Tadeu Perussolo, Gerente Industrial da Divisão Papel – Santa Maria Cia de Papel e Celulose.

Reflorestamento

"No Brasil, a história dos materiais celulósicos para papel começa em 1790, quando o botânico português Frei José Mariano da Conceição Velloso, publica no Rio de Janeiro a sua "Flora Fluminensis", indicando espécies capazes de uso na produção de papel. Em 1809, Frei Velloso, oficiando ao Ministério Real, anexa uma amostra de papel feito de embira e anuncia planos para a fabricação futura de papel alvejado. Esse ofício e a amostra do papel de embira podem ser vistos no Museu Imperial de Petrópolis, no Arquivo do Castel D`eu, com os dizeres: "O primeiro papel que se fez no Brasil em 16 de novembro de 1809.

Outras referências ao uso de materiais celulósicos para fabricação de papel, no século XIX, indicam a utilização (bem sucedida), na Bahia e no Rio de Janeiro, de troncos de bananeira, pita e gravatá.

A produção industrial de celulose, no Brasil, a partir do pinheiro, inicia-se no Paraná, em Monte Alegre, no início dos anos 40, pelos processos Sulfito e Soda/Enxofre, instalando-se a primeira fábrica pelo processo Kraft na década de 50. A produção em grande escala de celulose de Eucalipo, pelo processo Kraft, foi iniciado no Estado de São Paulo, em 1957, estabelecendo-se o caminho para a grande etapa de industrialização da celulose que, em menos de um quarto de século, levou o Brasil a posição de 6º. produtor do mundo."

O texto acima foi extraído da apostila Histórico da Celulose de Benjamin Solitrenick e, juntamente com outros textos sobre o assunto, pode ser consultado na Bracelpa.

Reflorestamento - 2005 / 2006

No Brasil, as florestas plantadas são a principal matéria-prima para a produção de celulose e papel. Manejadas dentro das mais avançadas técnicas da silvicultura, as plantações de pínus e eucalipto para fins industriais só ocupam áreas anteriormente degradadas pela agricultura e pecuária intensiva. Entre as empresas associadas à Bracelpa, 23 mantêm operações florestais 390 municípios distribuídos em 12 estados brasileiros.

A base florestal do setor é de 1,7 milhão de hectares com plantio de pínus e eucalipto. As empresas do setor mantêm, recuperam e preservam outros 2,7 milhões de hectares de áreas naturais que abrangem a totalidade das áreas de preservação permanente e de reserva legal, em percentuais muito superiores ao mínimo exigido pela legislação ambiental brasileira.

A exclusiva utilização de florestas plantadas pela indústria de celulose e papel diminui a pressão sobre as florestas nativas, bem como fornece a proteção de recursos hídricos por matas ciliares. Além disso, contribui para a preservação da biodiversidade com a adoção de técnicas de plantios consorciados com matas nativas (corredores ecológicos).

Décadas de pesquisa e desenvolvimento de técnicas silviculturais e de manejo florestal, principalmente na área de biotecnologia, elevaram a produtividade das espécies utilizadas. No caso do eucalipto, a produtividade média atinge 40 metros cúbicos com casca por hectare/ano; nas plantações de pínus, ela é de 30 metros cúbicos com casca por hectare/ano.

Florestas Plantadas

As florestas plantadas são uma importante fonte renovável de recursos naturais que, entre inúmeras vantagens, ajudam a preservar nossas florestas nativas. No Brasil, além do setor de celulose e papel outros segmentos se utilizam de florestas plantadas de eucalipto e pínus, numa área total estimada em 5,4 milhões de hectares, que representa 0,5% do território nacional. O setor de celulose e papel responde por 33% deste total, representando uma importante contribuição para a economia do país, na geração de empregos, impostos e superávit na balança comercial brasileira.

As duas principais espécies utilizadas como matéria-prima pela indústria brasileira de celulose e papel são o eucalipto e o pínus, ocupando, respectivamente, 78% e 25% da área florestada. O cultivo do eucalipto no Brasil para fins industriais teve início na primeira década do século 20, enquanto a introdução das espécies de pinus para o suprimento de setores produtivos ocorreu no final dos anos 1950. A introdução dessas espécies de acordo com áreas adequadas para o plantio, além de fatores ambientais favoráveis à silvicultura no país, foi essencial para o suprimento confiável de matéria-prima e para o desenvolvimento da indústria brasileira de celulose e papel.

Fomento Florestal
Iniciativa da indústria brasileira de celulose e papel, o fomento florestal vem ganhando espaço e importância em empreendimentos do setor. Por meio dessa iniciativa, as empresas oferecem a pequenos e médios produtores rurais a oportunidade de plantar florestas em conjunto com suas outras atividades. A parceria com esses produtores constitui um importante mecanismo para o desenvolvimento dos negócios do setor, com a expansão da áreas de florestas plantadas, além de contribuir com o processo de distribuição de renda e fixação do homem ao campo.

As ações de fomento, realizadas em diversos pontos do país em parceria com as empresas do setor de celulose e papel, caracterizam-se por sua adequação agronômica e ambiental. O que inclui a transferência de conhecimento e acesso a novas tecnologias para que a produção se dê com o máximo aproveitamento de recursos, mínimo desperdício e respeito ambiental.

Em 2006, o Ministério do Meio Ambiente registrou plantios da ordem de 627 mil ha incluindo plantios novos e reformas na área de florestas plantadas no país. Estima-se que desse total, 157 mil hectares foram realizados em pequenas e médias propriedades, com o apoio de fomento florestal, gerando renda adicional para os agricultores.

Certificação Florestal

A indústria brasileira de celulose e papel possui a maior área de florestas certificadas entre os setores de base florestal do país, de acordo com os critérios de certificação florestal existentes e reconhecidos pelo setor, o Forest Stewardship Council (FSC) e o Programme for the Endorsement of Forest Certificatiom (PEFC), ao qual o Sistema Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor) é afiliado.

Até 2005, foram certificadas pelos dois sistemas cerca de 2,9 milhões de hectares de florestas, nelas incluídas as florestas plantadas, as áreas de reserva legal e de preservação permanente, manejadas pelo setor de celulose e papel.

Tais certificações asseguram a utilização de critérios de sustentabilidade na gestão de áreas florestais, de modo a propiciar práticas que sejam ecologicamente adequadas, economicamente sustentáveis e socialmente justas.

As fibras se classificam em:
•Fibra longa (2 a 5 mm) : Coníferas do tipo Pinus; Vegetais de outras famílias: sisal, bambu
•Fibra curta (0,5 a 1,5 mm) : Folhosas como eucalipto, acácia, etc...

A celulose de fibra longa tem a propriedade de conceder ao papel resistência mecânica, característica necessária em embalagens de transporte e distribuição como caixas de papelão ondulado e os sacos multifoliados, enquanto a celulose de fibra curta proporciona um papel de melhor formação, indicado quando se deseja excelente superfície de impressão e para laminação.
As características do papel, cartão e papelão não dependem apenas do tipo de fibra utilizada, mas também de seu processo de fabricação, aditivação e acabamento. A celulose de fibra longa tem a propriedade de conceder ao papel resistência mecânica, característica necessária em embalagens de transporte e distribuição como caixas de papelão ondulado e os sacos multifoliados, enquanto a celulose de fibra curta proporciona um papel de melhor formação, indicado quando se deseja excelente superfície de impressão e para laminação.
Tipos de papel :

Papel kraft branco : papel fabricado a partir de uma mistura de fibras curtas e longas, provenientes de polpas de madeiras macias. Esta mistura de fibras confere ao papel características de resistência mecânica com bom desempenho em máquina e maciez.
Pode ser laminado com alumínio, recoberto com parafina ou hot melt.
Papel monolúcido: semelhante ao papel Kraft, entretanto, com menor resistência mecânica, sendo fabricado com 100% de fibras curtas. É caracterizado por possuir brilho em uma das faces, obtido diretamente nas máquinas de papel, dotadas de cilindro monolúcido.
É bastante empregado em estruturas de alumínio, para o acondicionamento de chocolates, balas e derivados, podendo ser parafinado ou não.

Papel monolúcido
O papel monolúcido pode receber apenas um revestimento de parafina, cuja função é conferir à estrutura de barreira ao vapor dágua e impedir a aderência produto/papel. A parafina pode ser substituída por hot melt que proporciona maior facilidade de colagem e melhor flexibilidade a estrutura, não ocorrendo rachaduras nas dobras e vincos como no caso da parafina.

Papel “couché”: é um papel que, após sua fabricação, recebe uma cobertura de caolim com a finalidade de tornar sua superfície lisa e uniforme, melhorar o brilho e principalmente a imprimibilidade.

Papel glassine: papel fabricado com pasta química especial, refinada ao máximo, para, em conjunto com uma supercalandragem, torna-lo transparente e com baixa permeabilidade a óleos e gorduras.

Papel granado ou opaline: papel também fabricado com pasta química especial, supercalandrado para adquirir alto brilho, porém com menor transparência e barreira a óleos e gorduras que o glassine. Parafinado é empregado como invólucro de balas e caramelos.

Kaper

Meio Ambiente

A Kaper é certificada pela 14001:2004 e 9001:2000, lembramos que a conquista da ISO 14001:2004 é um marco no segmento de aparas.

Nosso Sistema Integrado de Gestão - SIG e o comprometimento de todos os colaboradores viabilizam a união entre Qualidade (em nossos produtos, serviços e processos) e a Preservação Ambiental.

Contribuímos diretamente na preservação de recursos naturais, minimizando de maneira eficaz o impacto ambiental. Seja nosso cliente, solicite nossos serviços e contribua também com o meio ambiente!

"Uma tonelada de aparas pode evitar o corte de 10 a 12 árvores provenientes de plantações comerciais reflorestadas. E a fabricação de papel com o uso de aparas gasta de 10 a 50 vezes menos água que no processo tradicional que usa a celulose virgem, além de reduzir o consumo de energia pela metade"

Economizar

Você sabia que pode salvar uma árvore economizando papel?

Cada árvore produz 50 quilos de papel. Logo, 50 quilos de papel economizados salvam uma árvore. Use o verso das folhas de sulfite. Imprima textos em letras menores. Economize e ajude a salvar o planeta

Quantas árvores são necessárias para fazser um rolo de papel??

No Brasil, as árvores mais usadas para esse fim são o eucalipto e o pinho, mas a primeira ganha de longe. E não é a árvore inteira não entra na produção da celulose, a matéria-prima do papel. ?São retirados os galhos, as folhas e a casca ? que representa cerca de 10% da árvore ? e usa-se a parte interna do tronco?, afirma José Lívio Gomide, professor de tecnologia da celulose da Universidade do Vale do Rio Sinos (Unisinos), em São Leopoldo (RS), ?Para se obter uma tonelada de celulose são necessárias aproximadamente 16 árvores?. Ou seja, cada árvore produziria 62,5 Kg de celulose. De acordo com Geraldo Dellaqua, gerente administrativo da Manikraft Guaianazes Papel e Celulose, de São Paulo, com uma tonelada de celulose são produzidos cerca de 2.090 fardos de 64 rolos de papel higiênico de gramatura média cada, ou seja, 133.960 rolos de mais ou menos 70 gramas de peso. Com base nesses dados, podemos concluir que para cada rolo de papel higiênico fabricado são gastas 0,001 árvores, ou melhor, 1% de uma árvore. Em outras palavras, cada árvore ?contém? 100 rolos. Para se ter uma idéia, se uma família de três pessoas gasta um rolo de papel higiênico por dia, consumiria uma árvore em pouco mais de três meses

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Reciclagem Caseira

Materiais:- Papéis diversos- Crivo- Duas placas de feltro- Liquidificador- Tina de dimensões razoáveis para conter a pasta- Prensa ou pesos (por ex. livros)- Duas placas de madeira- Tecidos de 50/60 cm
Procedimento:
1– Rasgar as folhas de papel em pequenos pedaços e coloca-los juntamente com água no Liquidificador. Bater até obter uma mistura grossa. De seguida despejar essa mistura para a tina e adicionar-lhe água até cerca de 2/3água da sua capacidade (a quantidade de água vai definir a espessura do papel).


2- Mergulhar o crivo na pasta contida na tina, inclinado lentamente até ficar na horizontal


3- Retirar lentamente o crivo e deixar escorrer a água.



4- Coloque sobre a placa de madeira o feltro e sobre ele o tecido, de seguida vire o crivo sobre o tecido.


5- Pressione o crivo até a pasta “saltar”.


6- Retire o crivo com cuidado, o papel fica depositado sobre o tecido.


7- Colocar um pedaço de tecido sobre o papel reciclado. De modo a poupar tempo pode-se fazer várias camada intercaladas com tecido.


8- De seguida coloque uma placa de feltro e outra placa de madeira.


9- Colocar tudo numa prensa, ou sobre uma pilha de livros até escorrer toda a água.


10- Colocar as folhas a secar, durante 24h.


11- Após a secagem, solte as folhas de papel reciclado puxando o tecido para os lados.
Rui Meira 2002 ( me@rudzer.com )

Reciclagem

O papel é um material de suporte da informação escrita que produz fortes impactos negativos sobretudo ao nível da produção.
De facto, embora a matéria prima se possa considerar renovável - a madeira, proveniente das árvores - a sua produção conduz normalmente a extensas monoculturas de espécies exóticas - como o eucalipto em Portugal, e diversas resinosas na maior parte da Europa - que têm como consequência o desaparecimento da quase totalidade da fauna e da flora nativas. Este efeito está relacionado não apenas com as espácies utilizadas mas também com o regime de cultivo: plantações densas, revolução de curtas e lavagem de solos de montanha débeis.
As plantações de árvores para pasta de papel são, no Distrito de Aveiro, um pouco por todo o Litoral Norte e Centro de Portugal e mais recentemente, e com consequências mais graves, também no interior, a principal causa de desaparecimento do coberto vegetal natural, e com ele, de animais de todas as espécies.
Igualmente significativa é a degradação da paisagem, pela via da uniformização, e a perda do seu carácter e da sua especificidade (biodiversidade).
É um drama em larga escala, que os interesses económicos encobrem, e que a falta de sensibilidade e de atenção da generalidade dos cidadãos tende a ignorar.
A reciclagem do papel é um procedimento que permite recuperar as fibras celulósicas do papel velho e incorporá-las na fabricação de novo papel. Não é um processo isento da produção de resíduos, mas a produção de pastas virgens também não o é, e assim sempre se minimizam os problemas relacionados com a produção de matéria prima e com a deposição do papel velho.
É importante realçar que os papéis não podem ser reciclados indefinidamente sem que haja perde de qualidade. Após cada utilização, eles perdem parte das suas propriedades e só podem ser reciclados para uso distinto, e um pouco menos nobre, do que o original.
Se se olhar com cuidado e bem de perto para uma folha de papel vai-se perceber que o papel é feito de inúmeras fibras que se cruzam. São elas que lhe dão resistência. Dependendo do tipo de polpa que é usada para fazer o papel (pode ser pinho, eucalipto ou até outras fibras vegetais como algodão, linho, etc.) ele vai ter fibras mais longas ou curtas e vai ser mais ou menos resistente.
Por isso papel branco é mais caro e inclusive a apara (resto de papel) branca também alcança maior valor no mercado. E cada vez que se recicla diminui o tamanho das fibras e ele fica um pouco mais fraco. Por isso que para reciclar muitas vezes o mesmo papel, deve-se colocar um pouco de fibra virgem para aumentar a sua resistência.

Um outro problema são os pigmentos presentes no papel. Para fazer papel branco a polpa (de fibra virgem ou papel já usado) deve passar por um processo químico de branqueamento. Por isso quanto mais pigmento um papel tem, mais difícil fica reciclá-lo e conseguir a partir dele um papel branco.
Na realidade o ideal seria que mudássemos alguns dos nossos hábitos.

Por que necessitamos de um papel tão branco, muitas vezes para uso tão simples (rascunho, caderno de anotações, etc). E ainda, por que precisamos de produtos e embalagens de papel tão coloridos e cheios de pigmentos muitas vezes tóxicos, que de uma forma ou de outra vão acabar no ambiente, caso sejam sendo reciclados ou não?

Economia feita com reciclagem:
1000kg de papel reciclado = 20 árvores poupadas1000kg de papel reciclado = 2000l água1000kg de papel não reciclado = 100 000l água.
O papel é um material biodegradável e orgânico, mas em caso de aterros com pouca humidade o processo de degradação se torna lento, chegando a demorar de 3 meses a 100 anos para se decompor
O processo inicial da reciclagem dá-se na separação do lixo do papel, de seguida existe um banho de detergentes e solventes para retirar a tinta. O papel é transformado numa pasta. As impurezas são removidas com uma série de lavagens. Depois a pasta é misturada com cloro, que a torna branca.
Existem porém alguns tipos de materiais que contaminam o papel, tornando-o difícil de reciclar, como a tabela a seguir:
PODE RECICLAR
NÃO PODE RECICLAR
Caixas de papelão Jornal Revistas Impressos em geral Fotocópias Rascunhos Envelopes Papéis timbrados Cartões Papel de fax
Papéis sanitários Papéis plastificados Papéis metalizados Papéis parafinados Copos descartáveis de papel Papel carbono Fotografias Fitas adesivas Etiquetas adesivas Papel vegetal
O Que Podemos Fazer pela Reciclagem do Papel?
Para a reciclagem ser possível cabe ao utilizador - a todos nós - fazer uma selecção correcta dos papeis recicláveis e uma selecção correcta significa essencialmente separar os papeis de outros materiais com os quais possam estar associados - como plásticos por exemplo - e que perturbam o processo de reciclagem.
Pelo mesmo motivo, papéis indissociavelmente ligados a outros materiais como as e as embalagens aluminizadas devem ser excluídos.
Caso se justifique, isto é, em locais onde se produz muito papel usado, pode ter interesse uma separação de diferentes tipos de papeis: papeis quase brancos e impressões de computador para um grupo, papeis de jornais e revistas para outro, e cartões para outro.
Esta separação valoriza o papel-resíduo e permite obter pastas recicladas de melhor qualidade
Rui Meira 2002 ( me@rudzer.com )

Papel Artesanal

Maiores Informações:
Clique aquiCursos de Papel ArtesanalOu escreva paradivabuss@comofazerpapel.com.br






Papel artesanal no século XIXA primeira fábrica de papel no Brasil entre 1809 e 1810 no Andaraí Pequeno (Rio de Janeiro), foi construída por Henrique Nunes Cardoso e Joaquim José da Silva, industriais portugueses transferidos para o Brasil. Deve ter começado a funcionar entre 181O e 1811, e pretendia trabalhar com fibra vegetal. Outra fábrica aparece no Rio de Janeiro, montada por André Gaillard em 1837 e logo em seguida em 1841, tem início a de Zeferino Ferraz, instalada na freguesia do Engenho Velho. O português Moreira de Sá proclama a precedência da descoberta do papel de pasta de madeira como estudo de seu laboratório, e produto de sua fábrica num soneto de sua autoria, dedicado aos príncipes D. João e Dona Carlota Joaquina impresso na primeira amostra assim fabricado. "A química e os desejos trabalharamnão debalde, senhor, que o fruto é esteoutras nações a tanto não chegaram." A vinda de Moreira de Sá ao Brasil coincide com as experiências de Frei Velozo em 1809 quando produziu o papel de imbira e experimentava seu fabrico com outras plantas.
Século XX: Como tudo começou Presto aqui uma homenagem à Marlene Trindade, Artista e Professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, que criou no ano de 1980 o Atelier de Artes da Fibra, onde demos início à pesquisa do papel artesanal no Brasil. Participaram deste Atelier, que teve a duração de um semestre, Diva Elena Buss, Joice Saturnino, Nícia Mafra, e Paulo Campos. Com o incentivo de Marlene fomos desvendando os mistérios do papel a partir de uma apostila por ela elaborada. Terminado o semestre, cada um deu continuidade à sua própria pesquisa; trocávamos então, idéias sobre nossas novas conquistas. Em 1981, fiz a primeira exposição de papéis artesanais produzidos no Brasil, na Galeria Otto Cirne em Belo Horizonte/MG, e no fim deste mesmo ano mostrei meus trabalhos na Galeria Documenta em São Paulo/SP. Marlene preparou novo curso para o Festival de Inverno de Diamantina/MG, que gerou novos papeleiros. A semente que ela plantou, germinou, cresceu, e deu muitos frutos. A partir deste novo começo, não mais parou-se de pesquisar e produzir papel artesanal no Brasil. Ministrei meu primeiro curso de papel artesanal em janeiro de 1982 no Núcleo de Arte Contemporânea de João Pessoa/PB, dando continuidade até os dias atuais.

Papel na China


O papel propriamente dito surgiu na China, na província de Hunan, por seu inventor T'sai Lun. Os processos de sua fabricação desenvolveram-se lentamente, assim como a divulgação desta técnica pelo mundo, aparecendo na Europa apenas dez séculos após sua invenção.
Dinastia Han

Papel no Egito


Os egípcios, que abasteciam o mundo com o papiro, tinham em sua fabricação grande fonte de renda. O papiro era valorizado entre os romanos que o chamavam papel augusto. O papiro era considerado importante instrumento de escrita naquela época, como hoje são os aparelhos de comunicação.
Olho de Horus